Entramos em mais um Outubro e, evidentemente, mais uma campanha do Outubro Rosa, o movimento mundial pela conscientização e prevenção do câncer de mama, doença que, apesar de curável, ainda mata muitas mulheres.
E muitas delas se perguntam da relação da doença com o implante mamário. A maior relação é que o silicone é usado na reconstrução mamária, usada para mulheres que precisam remover os seios por conta do câncer de mama.
Mas o implante de silicone? Tem alguma relação com o câncer? A resposta é uma só: não! Colocar prótese de silicone nos seios não aumenta ou diminui as chances de uma mulher ter neoplasia mamária. No entanto, é preciso se observar algumas características específicas da cirurgia em mulheres com histórico familiar ou mesmo as que já se curaram de um tumor.
A primeira questão é saber que a sensação tátil do seio não será a mesma após o implante e, muitas vezes, alguma alteração do toque pode ser por conta disso. Portanto, é preciso manter as visitas frequentes ao mastologista.
O planejamento cirúrgico adequado também é essencial em mulheres com histórico familiar ou próprio de câncer de mama. O ideal para elas é fazer o implante submuscular, uma vez que fica mais distante da glândula e, portanto, a sensação tátil e o autoexame sofrem menos alterações. Além disso, as incisões axilares não são recomendáveis nesses casos, pois podem alterar os diagnósticos de câncer mamários. As próteses microtexturizadas, com menor chance de contratura capsular, são as mais indicadas nesse caso, uma vez que as contraturas capsulares podem, no autoexame, serem confundidas com nódulos.
O ideal é sempre conversar com o seu médico. Mas saiba, silicone não causa câncer.